A tecnologia
da informação (TI) transformou-se numa poderosa ferramenta de suporte aos
negócios em todo mundo, fortalecendo as empresas por meio do aumento da produtividade,
desburocratização e celeridade nos processos a um custo cada vez menor.
Uma pesquisa
da infoworld, de 2001, ao perguntar aos dirigentes de empresas a cerca da importância
da TI para os negócios, apurou que para 70% das empresas, TI é absolutamente
essencial e para outras 20% das empresas, extremamente valioso. Logo, 90% das
empresas atuam sobre bases de TI.
No segmento
bancário, ano a ano, os investimentos aumentam. Em 2010, a FREBRABAM informou
que 40% dos bancos informam que investirão ainda mais em 2011, superando assim
os 22 bilhões de reais investidos no setor neste ano. Novos projetos, como a
compensação de cheques digital é uma das prioridades, eliminando diversos
custos na desmaterialização de mais um processo.
Nesse
cenário de alto investimento e alta relevância aos negócios, a qualidade de
software é uma característica valorizada e perseguida, especialmente quando os
estudos dos Standish Group mostram que 57% dos sistemas são entregues
sabendo-se que tem defeitos, 68% dos projetos são entregues com atraso e 50%
custam mais que o planejado.
Essa crescente
exigência, levou o Software Engineering Institute (SEI) da Carnegie Mellon
University nos Estados Unidos, em 1991, a criar um modelo integrado de maturidade
da capacidade de fazer software, chamado atualmente de CMMI-DEV. Até o início
de 2008, mais de 30.000 organizações reportaram os resultados de avaliação para
o SEI, frutos da adoção desta metodologia. A partir desses relatórios, o SEI
divulgou a redução média de custos de 34% e a redução média de prazo de entrega
de 50%. Além disso, aumento médio da produtividade de 61%, de qualidade em 48%
e da satisfação do cliente em 14%. Os dados também provaram que o retorno sobre
o investimento feito na adoção de CMMI-DEV é de 4:1.
O modelo de
maturidade é divido em 5 níveis e pode ser adotado por estágios ou de forma
contínua. Cada nível possui um conjunto de área de processo (ao todo são 22
áreas), que é um grupo de práticas que quando realizadas, satisfazem metas que
geram melhoria na capacidade de produzir software. Além de ser um guia de
melhoria, o CMMI-DEV tem sido usado como critério para seleção de fornecedores
e com benchmarking na indústria.
Cada
Área de Processo (PA) tem um propósito, se relaciona com outras áreas de
processo e tem metas específicas (SG) e metas genéricas (GG). Respectivamente,
cada meta possui práticas específicas (SP) e metas genéricas (GP).
Os
cinco níveis de maturidade são: nível 1 – inicial (prática inconsistente), todas
as empresas de software, sem a certificação CMMI, iniciam nesse nível; nível 2 –
gerenciado (gerenciamento básico de projeto); nível 3 – definido (padronização dos
processos); nível 4 – gerenciado quantitativamente; nível 5 – otimizando (melhoria
contínua de processo).
No
nível 2, as áreas de processo são: gerenciamento de requisitos, planejamento de
projeto, monitoramento e controle de projeto, gerenciamento de acordos com
fornecedores, medição e análise, garantia da qualidade de processo e produto e
gerenciamento de configuração. No nível 3: desenvolvimento de requisitos,
solução técnica, integração de produtos, verificação, validação, foco no
processo organizacional, definição do processo organizacional + IPPD,
treinamento organizacional, gerenciamento integrado de projeto + IPPD,
gerenciamento de riscos, análise de decisão e resolução.
As
áreas de processo do nível 4 são: desempenho do processo organizacional e
gerenciamento quantitativo do projeto; do nível 5: inovação e implantação
organizacional e análise de causa e resolução.
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