11 de abril de 2012

CMMI-DEV: Produção de software com qualidade


A tecnologia da informação (TI) transformou-se numa poderosa ferramenta de suporte aos negócios em todo mundo, fortalecendo as empresas por meio do aumento da produtividade, desburocratização e celeridade nos processos a um custo cada vez menor.
Uma pesquisa da infoworld, de 2001, ao perguntar aos dirigentes de empresas a cerca da importância da TI para os negócios, apurou que para 70% das empresas, TI é absolutamente essencial e para outras 20% das empresas, extremamente valioso. Logo, 90% das empresas atuam sobre bases de TI.
No segmento bancário, ano a ano, os investimentos aumentam. Em 2010, a FREBRABAM informou que 40% dos bancos informam que investirão ainda mais em 2011, superando assim os 22 bilhões de reais investidos no setor neste ano. Novos projetos, como a compensação de cheques digital é uma das prioridades, eliminando diversos custos na desmaterialização de mais um processo.
                Nesse cenário de alto investimento e alta relevância aos negócios, a qualidade de software é uma característica valorizada e perseguida, especialmente quando os estudos dos Standish Group mostram que 57% dos sistemas são entregues sabendo-se que tem defeitos, 68% dos projetos são entregues com atraso e 50% custam mais que o planejado.
Essa crescente exigência, levou o Software Engineering Institute (SEI) da Carnegie Mellon University nos Estados Unidos, em 1991, a criar um modelo integrado de maturidade da capacidade de fazer software, chamado atualmente de CMMI-DEV. Até o início de 2008, mais de 30.000 organizações reportaram os resultados de avaliação para o SEI, frutos da adoção desta metodologia. A partir desses relatórios, o SEI divulgou a redução média de custos de 34% e a redução média de prazo de entrega de 50%. Além disso, aumento médio da produtividade de 61%, de qualidade em 48% e da satisfação do cliente em 14%. Os dados também provaram que o retorno sobre o investimento feito na adoção de CMMI-DEV é de 4:1.
O modelo de maturidade é divido em 5 níveis e pode ser adotado por estágios ou de forma contínua. Cada nível possui um conjunto de área de processo (ao todo são 22 áreas), que é um grupo de práticas que quando realizadas, satisfazem metas que geram melhoria na capacidade de produzir software. Além de ser um guia de melhoria, o CMMI-DEV tem sido usado como critério para seleção de fornecedores e com benchmarking na indústria.
                Cada Área de Processo (PA) tem um propósito, se relaciona com outras áreas de processo e tem metas específicas (SG) e metas genéricas (GG). Respectivamente, cada meta possui práticas específicas (SP) e metas genéricas (GP).   
                Os cinco níveis de maturidade são: nível 1 – inicial (prática inconsistente), todas as empresas de software, sem a certificação CMMI, iniciam nesse nível; nível 2 – gerenciado (gerenciamento básico de projeto); nível 3 – definido (padronização dos processos); nível 4 – gerenciado quantitativamente; nível 5 – otimizando (melhoria contínua de processo).
                No nível 2, as áreas de processo são: gerenciamento de requisitos, planejamento de projeto, monitoramento e controle de projeto, gerenciamento de acordos com fornecedores, medição e análise, garantia da qualidade de processo e produto e gerenciamento de configuração. No nível 3: desenvolvimento de requisitos, solução técnica, integração de produtos, verificação, validação, foco no processo organizacional, definição do processo organizacional + IPPD, treinamento organizacional, gerenciamento integrado de projeto + IPPD, gerenciamento de riscos, análise de decisão e resolução.
                As áreas de processo do nível 4 são: desempenho do processo organizacional e gerenciamento quantitativo do projeto; do nível 5: inovação e implantação organizacional e análise de causa e resolução.

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